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“A Enap será um espaço importante de formulação para ajudar organizações a lidar com os desafios da IA”, afirma diretora de inovação
Camila Medeiros revela de que forma a GNova tem usado tecnologia como insumo na tarefa de formular e fornecer modelos de eficiência para o setor público e contribuir com a melhoria da performance de políticas públicas em diferentes níveis de governo

Inteligência Artificial (IA) e inovação são temas bastante populares atualmente. Nem tudo que se diz sobre isso, entretanto, é preciso. Há também os modismos que qualificam aquilo que não é, por exemplo, inovação, como se fosse. À frente da Diretoria de Inovação (GNova) da Enap, Camila Medeiros lida com esse tipo de assunto em diferentes perspectivas. Inclusive as mais elementares. O escopo de seu trabalho vai muito além de usar esses temas para dar uma roupagem mais exuberante para os projetos nos quais ela e seu time se engajam. “A inovação precisa gerar valor, se não gera valor, não é inovação”, resume ela. Sobre a IA, Camila reconhece os riscos e salienta que é preciso desenvolver capacidade crítica para usar a tecnologia.

Porém, ela contempla também as boas chances que surgem. “Olho para esse contexto todo como uma oportunidade de transformação da qualidade do serviço público, de ampliação da transparência. Inclusive do ponto de vista estratégico do país, de posicionar o Brasil como uma liderança, pelo menos regional, nessa agenda e, especificamente, de IA para governo”, defende. Camila é mais uma entrevistada da série especial Enap Líderes que Refletem, uma coletânea de conversas com as lideranças da maior escola de governo do país, que são alicerces e promotores da transformação.

A GNova está no centro de um projeto bem interessante, que é o Laboratório de Inteligência Artificial. De que forma a diretoria se envolveu nessa tarefa?

Camila Medeiros: A criação de um laboratório de inteligência artificial é uma coisa que está sendo gestada a muitas mãos. Ele vem na esteira das discussões que temos feito no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). Foi um diálogo bem recente, que realizamos no mês de março. Dessas conversas, veio a decisão de implantar esse laboratório de inteligência artificial na Enap, sob o guarda-chuva da GNova. Temos uma história nessa agenda de inovação no setor público e, por isso, acredito que essa decisão de trazer para a Enap este laboratório faz todo sentido. Temos uma maturidade muito grande no que diz respeito, por exemplo, à experimentação e aplicação de abordagens de inovação para condução de projetos e isso nos posiciona muito bem de forma a acolher esse laboratório de IA.

Como tem sido o desenvolvimento disso e quais os desafios em jogo?

Camila Medeiros: Há muita insegurança nessa agenda de IA. Os gestores não sabem exatamente por onde começar. Há uma certa dificuldade também, da administração como um todo, no entendimento e aprofundamento da compreensão sobre os problemas públicos. Temos na GNova uma competência nessa área, com capacidade instalada para atender a isso. Acho que essa é uma das principais contribuições que podemos oferecer para essa agenda de IA no governo brasileiro. Ajudar na identificação de quais são os desafios e no entendimento e reenquadramento desses problemas, bem como na identificação acerca do tipo de solução, tecnologia ou agente pode ser elemento na execução num projeto de IA. A criação desse laboratório de IA é certamente uma das tarefas mais relevantes para a GNova neste ano.

Quando ele será lançado?

Camila Medeiros: Vamos lançá-lo na Semana de Inovação, no mês de outubro. Antes disso, fizemos várias oficinas para dialogar sobre o laboratório e foi muito importante poder desenvolver o assunto com diferentes atores que trouxeram pontos de vista distintos para essa elaboração. Outra coisa importante nesse sentido foi a formação do núcleo de IA, uma espécie de grupo de trabalho que reúne o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a Empresa de Tecnologia e Informação da Previdência (Dataprev) e a Enap. Esse núcleo está organizado a partir de seis frentes de trabalho: ética e inclusão para IA no governo, financiamento para IA no governo, infraestrutura e capacidade computacional, capacitação, design de prospecção de desafios e design de projetos.

E qual será o papel da Enap nesse arranjo?

Camila Medeiros: Nosso papel será a execução das atividades, especialmente na etapa de design dos desafios de IA e aplicação de abordagens de inovação na condução de projetos de IA. Isso passa por entender o problema, enquadrar esse problema, proporcionar para os órgãos parceiros que trazem essas demandas um melhor entendimento a respeito do caminho até as soluções e conhecimentos que levam à resolução desses problemas. Faremos também um trabalho importante na parte de prospecção de projetos e no segmento de implantação das soluções. Aquilo que identificarmos como bom projeto e que passar no funil de inovação receberá nosso apoio também nesse aspecto.

Há muita incerteza a respeito da IA. Como é trabalhar com um insumo ainda imprevisível e ao mesmo tempo tão desejado?

Camila Medeiros: De fato é algo que vai transformar a realidade em muitos aspectos. Podemos conjecturar a respeito de como a IA vai modificar nosso modo de vida de diversas maneiras e ainda assim errar tudo ou acertar somente uma parte. Os desdobramentos não estão claros e isso dá o tom do desafio para quem trabalha com o tema. Em muitos casos, há muita imprevisibilidade e, portanto, incerteza. Veja por exemplo a questão do trabalho e do mercado de trabalho. A IA provocará grandes impactos. Isso não será diferente no caso da administração pública. Essa transformação certamente destruirá alguns postos de trabalho, mas o fará enquanto cria novas oportunidades. O problema é que entre uma coisa e outra, muitos profissionais estarão vulneráveis. O que fazer? A Enap vai cumprir um papel fundamental de apoiar o desenvolvimento das competências e capacidades dessa nova realidade inexorável do trabalho. Além disso, a Enap será um espaço importante de formulação para ajudar organizações a lidar com os desafios da IA, na identificação de oportunidades e no desenvolvimento de projetos, seja em parcerias, seja dentro das empresas públicas. Apoiaremos ainda no endereçamento dos riscos éticos associados com IA. Seja por letramento de dados, seja nas sistematização e disponibilização de conhecimento. Por exemplo, quais devem ser os critérios as serem considerados quando estamos desenvolvendo ou selecionando uma solução de IA a ser incorporada dentro de nossa organização? Então, acho que a GNova e a Enap cumprirão papeis muito importantes de preparação do Estado para essa transformação, que é inevitável. É inclusive melhor que a gente não perca a onda dessa transformação. Se perdermos o bonde da história no desenvolvimento e na aplicação de IA, podemos incorrer numa série de riscos. Não só riscos mais evidentes, como o de perda de eficiência, eficácia e efetividade nos serviços públicos, mas também há um sério risco relacionado à soberania nacional. Se não nos preocuparmos em fomentar e apoiar o desenvolvimento de conhecimento e tecnologia brasileiros em IA, corremos um sério risco de prejuízo à soberania nacional. Por isso, defendo que a gente trabalhe na construção de um plano brasileiro de IA que consiga posicionar bem o país nessa agenda.

Você citou o PBIA ao falar da criação do Laboratório de IA da Enap. Como o plano contribui para a atuação da escola nesse seguimento?

Camila Medeiros: Uma coisa que acho que o PBIA traz e que é uma mudança de paradigma é que ele tem todos os eixos de aplicação da IA, desde o ponto de vista mais tradicional de política pública de ciência, tecnologia e inovação; de educação; da indústria 4.0; e da saúde, entre outros. Pela primeira vez a gente tem um eixo que está preocupado no desenvolvimento de tecnologias para o governo. Isso é uma mudança de paradigma e por isso, acredito que a Enap, neste contexto, tem uma responsabilidade e um lugar muito importante na geração e desenvolvimento de capacidades para inovação e, especificamente, IA no governo. Seja pela formação dos servidores, seja pelo laboratório de IA auxiliando os órgãos da administração pública na condução de projetos que tenham como intenção desenvolver ou identificar soluções de IA para os problemas que esses órgãos têm. Realmente, há uma certa insegurança a respeito do impacto que a IA terá na vida das pessoas. Porém, olho para esse contexto todo como uma oportunidade de transformação da qualidade do serviço público, de ampliação da transparência, inclusive do ponto de vista estratégico do país, de posicionar o Brasil como uma liderança, pelo menos regional, nessa agenda e, especificamente, de IA para governo.

Muito se fala de IA, porém, humanos precisam interagir e trabalhar com essas ferramentas. Que características e competências um servidor precisa ter e desenvolver para poder trabalhar com IA?

Camila Medeiros: Responder a isso não é simples. Fizemos um levantamento recentemente a respeito dos diferentes perfis dos servidores públicos e de quais são os conhecimentos e competências que esses variados perfis precisam desenvolver dentro deste contexto de adoção e uso de IA pelo governo. A complexidade em abordar esse tema está justamente nos diferentes perfis que existem no funcionalismo, bem como no nível de abrangência dos segmentos federal, estadual e municipal. Creio que um primeiro desafio é promover um letramento digital do servidor público. Partimos desse ponto. Mais importante do que detalhar conhecimentos e competências, é fundamental refletir sobre dois pontos. Primeiro, essas pessoas não desenvolvem IA, elas usarão IA. Elas até poderão, em algumas circunstâncias, interagir num nível mais profundo com as IA. Porém, em geral, serão usuários. Evidentemente, há um grupo, formado por gestores de TI, técnicos de TI e encarregados de dados, que irá numa direção muito mais profunda a respeito do entendimento do que é, como se aplica, como compra e as formas de realizar parcerias para incorporação de soluções de IA. Em todos os casos, entretanto, um grande desafio é garantir que as pessoas não sejam meros usuários das soluções de IA, desprovidos de um olhar crítico. Elas precisam estar cientes dos riscos, compreender o papel da ética na interação com as IA e lidar com a questão dos vieses, entre outras coisas. Se não formos capazes de desenvolver essa capacidade crítica, corremos o risco de entregar dados estratégicos sem conseguir fazer uma articulação entre as informações que estão nos diferentes ministérios e organizações públicas. Então, mais importante do que compreender perfis ou tentar antecipar os lugares em que as IA poderão melhor se acomodar num primeiro momento, é sermos capazes de olhar criticamente para as IA. Não se trata de ter medo delas. Não pode ter medo. Se a gente tiver medo das IA, corremos o risco de perder o bonde da história nesse aspecto. O que pode ser algo irreparável no longo prazo.

A inovação é uma das vocações centrais da GNova. Como é lidar de maneira equilibrada com um conceito que vem sendo tão abusado no imaginário coletivo? Você acha que o termo inovação foi de uma certa forma capturado?

Camila Medeiros: Muitas vezes confundimos inovação com tecnologia e supõe-se que uma coisa é sinônimo da outra. Não é. A inovação pode acontecer em bens e serviços, em processos, e até no design organizacional. O melhor referencial para entendermos a inovação é aquele estabelecido no Manual de Oslo. Inovação não é só tecnologia, embora esse seja um aspecto bastante relevante. A inovação não precisa ser sempre disruptiva e é importante dizer isso. Muitas vezes o servidor se sente constrangido dentro dessa agenda de inovação por não se achar uma pessoa criativa ou porque associa isso a uma mudança brutal que impacte o mundo. Inovação muitas vezes tem a ver com mudar processos, promover a melhoria contínua, enfim. A inovação é também contextual. Pegar uma solução que atende a um segmento e ser capaz de transportar para um novo segmento também é inovação. Acho que temos um papel aqui na GNova de desmistificar a inovação no setor público. Primeiro deixando claro que é possível inovar no setor público e isso é algo mais acessível do que muitas vezes se imagina. Segundo, combater essa ideia de que o serviço público não é inovador. Ele é inovador. Essa característica não é uma novidade que surge a partir do processo de intensificação desse tipo de discussão. O serviço público tem refletido, ao longo da história, sobre suas práticas e inovado. Seja em políticas públicas, seja em gestão governamental ou desenvolvendo e incorporando tecnologias para transformação de serviços oferecidos ao público. A burocracia pode ser moderna e acolhedora. Acho importante não reforçarmos esse mito do Estado que atrapalha, que restringe e é lento e ineficiente. Somos burocratas e podemos ser burocratas inovadores. O grande ponto sobre como definir bem o que é inovação está dado pelas definições que o observatório de inovação do setor público da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) traz. A OCDE conceitua o que é inovação no setor público. Publicação após publicação, a ideia para definir inovação é geração de valor. A inovação precisa gerar valor, se não gera valor, não é inovação. Outro aspecto interessante que a OCDE traz é a ideia de implementação. Só gero valor se implementar. Uma ideia, por si só, portanto, não pode ser considerada inovação. Então há essa relação entre novidade, implementação e geração de valor. Temos de articular essas três coisas. Se tivermos clareza em relação a isso, é bem pouco provável que usemos a palavra inovação de forma equivocada ou até leviana para descrever qualquer coisa ou para considerar a inovação uma espécie de panaceia. Ter essa definição em mente é bom para poder enxergar com mais clareza a inovação.

A GNova tem um papel diferente do que normalmente se atribui a um laboratório de inovação?

Camila Medeiros: A diretoria de inovação da Enap tem uma característica muito peculiar. Normalmente, as unidades de inovação servem a própria organização. Somos uma unidade de inovação que, por estar numa escola de governo, cumpre uma função de fomentar e apoiar a inovação no setor público de forma geral. Então, fazemos prospecção de abordagens, métodos e ferramentas de inovação que sejam aplicáveis ou replicáveis ao setor público. Experimentamos essas abordagens, sistematizamos os aprendizados que temos e devolvemos para o ecossistema de inovação do setor público. Sempre com órgãos parceiros. Apoiamos organizações públicas na condução de projetos de inovação, na identificação, enquadramento e desenvolvimento da solução de problemas. Além disso, apoiamos unidades de inovação de organismos públicos a desenvolverem o seu propósito. Fazemos transferência de tecnologia para essas unidades para que elas incorporem o jeito GNova de realizar projetos de inovação. Nosso papel não é promover a inovação dentro da Enap, é fomentar a inovação no setor público. Temos também um papel de polo de inovação. Promovemos conexões e criamos comunidades unindo partes interessadas em torno dessas agendas de inovação.

Você defende que o Estado não precisa de laboratórios. Isso não é um pouco contraditório com aquilo que a GNova oferece?

Camila Medeiros: Não. Vamos ter clareza do seguinte: o Estado sempre inovou, mas os laboratórios de inovação surgiram nos últimos 10 anos. O Estado não precisa de unidades de inovação para inovar.

Para que eles servem, então?

Camila Medeiros: A meta de todo laboratório de inovação é acabar. Ele existe e deve existir com foco em promover a cultura de inovação dentro das organizações e, sobretudo, ser um espaço seguro em que é possível experimentar e errar. Errar na burocracia tem um custo muito alto. Então, esses laboratórios de inovação proporcionam um espaço em que o erro acontece em ambiente seguro, não reverbera e não causa prejuízos. Além disso, esses erros proporcionam oportunidades únicas de aprendizado. É por meio desse aprendizado que é possível testar e refinar soluções e oferecer alternativas cada vez mais apuradas para problemas complexos. Por isso, a meta do laboratório é acabar porque sonhamos com um momento em que a cultura de inovação será incorporada nos ambientes e será seguro experimentar e errar, ou seja, a dinâmica de erros pequenos, rápidos e pontuais passará a ser disseminada e transversalizada. Nesse momento, deixamos de precisar de um laboratório de inovação para promover inovação dentro das organizações. A Enap é uma organização muito inovadora. Ela nunca teve um laboratório de inovação trabalhando para dentro. Durante a pandemia, fizemos uma transformação digital muito veloz. A Enap tem demonstrado, em diferentes situações de forte demanda, ter a velocidade, a cadência, o dinamismo, a competência e a capacidade instalada para inovar. Isso está na essência da escola. Nosso papel como laboratório não é ajudar a escola a inovar, mas exatamente fomentar essa cultura de inovação para o setor público.

Em quais temas a GNova tem procurado se envolver? Quais os planos paras o futuro?

Camila Medeiros: Temos trabalhado, com resultados muito interessantes, no ecossistema de inovação do setor público, na agenda de inovação aberta e na compra pública de inovação. Entendemos que são temas muito importantes. Houve ainda, há dois anos, a publicação do marco legal de startups e, na esteira dele, outros instrumentos, como a lei de inovação. De lá para cá, notamos uma certa deficiência nas capacidades instaladas para fazer compras públicas de inovação. Nos últimos anos, isso tem sido uma prioridade da GNova e entendo que esse assunto continue a ser prioritário. Outro tema que tem ocupado bastante espaço na nossa agenda é inovação cidadã. A forma como a gente apoia o desenvolvimento de novas abordagens e novos ambientes de participação social. Temos uma série de instrumentos clássicos de participação social, tais como audiência pública e consulta pública, por exemplo. Porém, eles não têm dado conta da demanda da sociedade por participação social. Entendemos que as abordagens de inovação podem contribuir fortemente para criação de novos ambientes de participação social. Instrumentalizar os órgãos para incluir a participação cidadã, a participação social e outras formas de envolvimento social ao longo de todo o ciclo de políticas públicas. Temos uma outra agenda que é muito importante para o governo e que a escola vem também se envolvendo e cada vez mais se fortalecendo, que é a cooperação federativa. Temos algumas ofertas que são feitas especialmente para municípios em que damos apoio na identificação de problemas e soluções com foco nos territórios. Há uma série de temas importantes ligados à inovação no território. Por meio dela, conseguimos articular agendas como, por exemplo, a de cidades humanas inteligentes, criativas e sustentáveis e participação social na inovação cidadã.

Recentemente a GNova lançou alguns editais que resultaram em parcerias importantes. Como foi isso?

Camila Medeiros: Uma das coisas mais bem-sucedidas que fizemos foi a parceria que celebramos com a Secretaria de Governo Digital, o MCTI e a Finep para condução de chamamento com recursos de subvenção oferecidos para o desenvolvimento de soluções de IA para o governo. Lançamos três editais. Cada um deles com aproximadamente doze problemas públicos. Como resultado disso, recebemos soluções que estão hoje em funcionamento nas organizações públicas, dando resultado, e colaborando para a boa implantação de políticas públicas que impactam a vida de milhares de pessoas pelo Brasil. Foi um projeto muito estimulante. Perceber o engajamento em torno da resolução de problemas do setor público que tinham como alvo a melhoria de políticas públicas foi muito gratificante. Esse projeto é exatamente o tipo de coisa que temos buscado realizar e seu valor está justamente na oportunidade de articulação da inovação aberta com a IA.

Bell Vilanova
“Temos um papel aqui na GNova de desmistificar a inovação no setor público. Primeiro deixando claro que é possível inovar no setor público e isso é algo mais acessível do que muitas vezes se imagina. Segundo, combatendo essa ideia de que o serviço público não é inovador”.