A Escola Nacional de Administração Pública (Enap), vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), tem realizado oficinas de validação de conteúdo dos cursos de formação de carreiras estratégicas que integram o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Pela primeira vez, todos os novos servidores que ingressarem na Administração Pública Federal farão curso de formação, seja presencial ou à distância. Todos os novos servidores terão acesso a uma formação à distância de 280h, a ser concluída nos primeiros 36 meses de exercício.
“A Enap é um foco de inovação no serviço público e de formação de servidores em todos os níveis. A escola está preparando os cursos de formação para os novos servidores, teremos curso para todo mundo que vai entrar, essa é uma novidade. A Enap tem um papel muito importante”, explicou a ministra da gestão e da Inovação, Esther Dweck.
Além disso, cinco carreiras do CNPU terão a formação presencial na Enap. A exemplo da carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG), que sempre teve a formação inicial na Enap, as carreiras de Analista de infraestrutura (AIE), Analista em Tecnologia da Informação (ATI), Analista de Comércio Exterior (ACE), e Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS) também passam a ter o curso de formação como terceira etapa do concurso, após as provas escritas e títulos, de forma presencial, com carga horária variando entre 360 horas e 580h, e certificação de pós-graduação emitida pela Enap.
“O projeto é nivelar conhecimentos basilares e fornecer uma formação sólida para que o serviço público possa contar com especialistas nas áreas de conhecimento de suas carreiras. O concurso exige no mínimo curso superior, muitos já entram até mesmo com mestrado e doutorado em diversas áreas. Mas ao final de todas as etapas do CNPU, os servidores aprovados, não só terão a vaga na carreira de sua opção, mas também uma certificado de especialização na área que irão atuar. A formação sólida de servidores é sinal de valorização do serviço público. Acreditamos que o investimento do Estado no fortalecimento da burocracia é essencial para a melhoria da entrega de serviços públicos”, explica a diretora de educação executiva da Enap, Iara Alves.
Oficinas
As propostas dos Projetos Pedagógicos de Curso estão sendo desenvolvidas em estreita parceria com os órgãos coordenadores das carreiras e com participação das entidades representantes dos servidores por meio de um processo de escuta em oficinas de validação de conteúdo. “A carreira de ATI, por exemplo, está envolvida diretamente na formulação do programa. Representantes da carreira e dirigentes da Secretaria de Governo Digital estão muito comprometidos no processo de co-criação do programa e estão dispostos inclusive para participar como professores na formação”, explicou Iara Alves, diretora de Educação Executiva da Enap.
De acordo com a diretora, a metodologia escolhida para elaborar tantos programas inéditos de formação inicial com carga horária extensa e intensiva foi de contar com especialistas acadêmicos e profissionais para elaboração de proposta pedagógica em combinação com espaços de escuta e participação, como pesquisas de grupos focais de servidores e oficinas de validação de conteúdos. Ao final do processo, a Enap leva todas as considerações trazidas para a versão final do conteúdo para cada curso de formação.