Com a parceria da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e promovido pelo Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), o “Seminário Concursos Públicos - fazer diferente para fazer a diferença” reuniu especialistas de diferentes áreas e países, com o objetivo de pensar, discutir e construir o futuro do serviço público. O evento foi realizado nesta quarta-feira (29/11), em Brasília (DF).
A proposta era qualificar o debate sobre a modernização dos concursos públicos, por meio de discussão entre autoridades governamentais, integrantes da academia, sociedade civil, poderes Legislativo e Judiciário, entre outras pontes de diálogo.
A abertura da solenidade contou com a presença da presidenta da Enap, Betânia Lemos, que afirmou que a iniciativa é uma maneira de renovar o perfil do serviço público brasileiro para torná-lo mais representativo. Para ela, o Estado é formado pelas instituições e os funcionários que trabalham nele. Dessa forma, investir no servidor é um pensamento macro, pensando em um serviço público forte e robusto, com uma gestão mais estratégica e menos burocrática.
Para Betânia, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) está sendo desenhado para selecionar as melhores mentes do Brasil para servir. E elas serão representativas, pois terão todas as cores, as sexualidades, serão de todas as regiões e todas as classes sociais. “Essa diversidade é fundamental para entregar políticas públicas com mais eficácia, possibilitando visões e vivências diferentes na elaboração e implementação de políticas públicas. Isso é fundamental para a confiança da população no governo e para a democracia”, defendeu.
A Enap já mapeou as competências que todo servidor público deveria dispor e que devem ser desenvolvidas para um setor público de alto desempenho. Assim, a partir do desenvolvimento dessas competências, a instituição quer aperfeiçoar a capacidade, a produtividade e a inovação no setor público para que se possa atender às necessidades e às expectativas da sociedade.
De acordo com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante o processo de definição do novo CPNU, a política de cotas foi uma das iniciativas estudadas. Além disso, foram identificados, por exemplo, o baixo grau de conhecimento na formulação de um concurso por parte dos órgãos, por causa do longo tempo sem a realização de um certame. Outro problema foi a questão da centralização da região, pois os concursos eram feitos somente em Brasília, o que afunilava o público. A partir daí, segundo a ministra, veio a ideia do Concurso Nacional, a fim de aumentar a capilaridade e possibilitar mais acesso.
Ao longo de todo o dia, os inscritos puderam participar de quatro painéis: experiências internacionais; inovações em concursos públicos; concurso público nacional unificado e cotas para concurso público - passado, presente e futuro.
Também estiveram presentes o secretário extraordinário para a Transformação do Estado do MGI, Francisco Gaetani, e o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso.
As palestras estão disponíveis no Canal da Gestão no Youtube:
Manhã: https://www.youtube.com/watch?v=W98ZOs8gbAU
Tarde: https://www.youtube.com/watch?v=Ji14vrG7KMM
Com informações do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI)
Redação: Sabrina Brito/Enap
Fotos: Washington Costa