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A iniciativa é da Enap e do MGI, em parceria com o CLAD, CAF e a Onu Mulheres; O evento terá tradução simultânea em português e em espanhol

Nethali Medeiros

Com o objetivo de promover a paridade de gênero e o fortalecimento das políticas públicas para mulheres, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em parceria com o CLAD, CAF e a Onu Mulheres  lançaram,  nesta segunda-feira (18), o Encontro Latino-Americano sobre Igualdade de Gênero na Administração Pública, em Brasília (DF). O evento vai até o dia 20 de março e terá tradução simultânea em português e em espanhol. 

Na mesa de abertura, a presidenta da Enap, Betânia Lemos, divulgou a Formação e Iniciativas Feministas (FIF), programa que contém várias ações da Escola para alcançar a igualdade de gênero no serviço público brasileiro. “A paridade de gênero, com perspectiva interseccional, na administração pública e o fortalecimento das políticas públicas para mulheres é o que buscamos diariamente, a partir do desenvolvimento de lideranças para mulheres, letramento e a produção de evidências sobre a desigualdade de gênero”, afirma. 

A abertura também contou com a palestra de Mercedes D’Alessandro, economista e ex-diretora Nacional de Economia, Igualdade e Gênero do Ministério da Economia da República Argentina, sobre Economia do Cuidado. Além disso, o evento teve a presença das ministras Esther Dweck, das Mulheres, Cida Gonçalves, da Igualdade Racial, Anielle Franco, do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, a coordenadora de Gênero do CAF, Guadalupe Aguirre, a representante adjunta da Onu Mulheres, Ana Carolina Querino e o secretário geral do CLAD, Conrado Ramos. 

A programação dos outros dias inclui palestrantes do Chile, Argentina, Peru, Colômbia e Brasil, mesas de debates e exposições, para garantir uma abordagem transversal de gênero no processo de concepção, implementação e avaliação de políticas e serviços públicos, além da igualdade de acesso, permanência e promoção das mulheres, considerando a interseccionalidade de raça e etnia, e posições de liderança na administração pública. Também  serão tratados os principais desafios e oportunidades para que o ingresso, a permanência e a promoção da mulher na administração pública sejam cada vez mais possibilitados por políticas e medidas eficazes. 

Discutir a igualdade de gênero é um debate em defesa da democracia e do acesso aos direitos. A representação das mulheres nos órgãos públicos de tomada de decisão deve ser tratada como uma questão de interesse nacional e internacional para alcançar a igualdade de gênero nos países.

O público de interesse são, principalmente, servidores públicos e pesquisadores interessados em compreender e promover a representação das mulheres, considerando a interseccionalidade de raça e etnia, no setor público e em alcançar a igualdade de gênero em países da América Latina.

Confira as fotos do evento aqui: Encontro Latino-Americano de Igualdade de Gênero na Administração Pública

 

Parceria com o MDS

Durante a abertura do Encontro Latino-Americano de Igualdade de Gênero na Administração Pública, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) realizaram a assinatura do acordo de cooperação, com o objetivo de unir os esforços necessários para apoiar a construção e a efetivação do plano nacional de cuidados, por meio da elaboração e execução de programas e projetos de formação; implementação de um observatório dos cuidados e o apoio a outras iniciativas que concorram para implementação transversal, interseccional, intersetorial e interfederativa do plano nacional de cuidados.

Iniciativas da Enap

No último ano, a Enap capacitou, em iniciativas para mulheres, mais de 600 servidoras em posições de liderança. Para isso, a Escola realizou:

  • Paridade de gênero na seleção para o MBA em Gestão Pública;
  • 50% das vagas dos processos seletivos para as duas turmas de mestrado e para a turma de doutorado foram preenchidas por mulheres;
  • 1° Encontro Nacional de Mulheres em Carreiras de Estado;
  • Equidade de gênero como critério de seleção de matrículas;
  • Lideranças premium para mulheres negras;
  • Jornada julho das mulheres negras - mulheres negras e mundo do trabalho e,
  • Webinário racismo algorítmico a partir de uma perspectiva racial e de gênero.

No ramo tecnológico, 133 mulheres foram capacitadas em cursos nas áreas de tecnologia e mentalidade digital.  Foi ofertado três turmas do curso de programação em Python exclusivas para mulheres e uma experiência imersiva de 150h no Bootcamp em análise de dados exclusivo para mulheres. Também foi realizado um Datathon com a temática “Desigualdades de Gênero no Serviço Público”.

A programação para 2024 contém 25 cursos, iniciativas para a transversalidade de gênero e raça e eventos voltados para o fortalecimento das políticas públicas para mulheres.

Karol Ribeiro

Enap