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O grupo, liderado por caciques de duas aldeias, veio a Brasília em busca de ajudas do governo federal com doações e infraestrutura para a escola construída na Terra Indígena Kanela (MA)

Bell Vilanova
Presidenta da Enap, Betânia Lemos (centro), recebe grupo de indígenas do Maranhão na sede da Escola
Presidenta da Enap, Betânia Lemos (centro), recebe grupo de indígenas do Maranhão na sede da Escola

A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) recebeu, nesta quinta-feira (13), nove indígenas da etnia Canela, vindos do estado do Maranhão. O grupo, liderado por caciques de duas aldeias, veio a Brasília em busca de ajudas do governo federal com doações e infraestrutura para a escola construída na Terra Indígena Kanela (MA).

Os indígenas foram recebidos pela presidenta da Enap, Betânia Lemos, pela diretora Executiva, Natália Teles, e pela professora indígena Rita Potyguara, diretora da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).

“A gente está muito feliz de recebê-los aqui”, disse a presidenta. “A Enap é uma escola que trabalha com formação do servidor público. E a gente tem feito muitas formações recebendo sempre aqui os povos indígenas”, completou.

Cacique da Aldeia do Coco, Sandra Regina Canela pediu ajuda para obtenção de acesso à internet nas aldeias e com questões como educação e saúde. Segundo os indígenas, faltam móveis e equipamentos básicos como bebedouros, além de não haver transporte escolar para as crianças.

Sandra Canela também pediu ajuda para retirar invasores e caçadores que ocupam áreas da Terra Indígena, e denunciou que os invasores inclusive já teriam colocado fogo em partes da aldeia. “Foi bom ser recebida. Fiquei muito feliz. Deus abriu essa oportunidade”, afirmou a cacique.

Em nome da Enap, Betânia Lemos se colocou à disposição para ajudar a encontrar uma forma de sensibilizar outros órgãos do governo na busca por acesso à internet nas aldeias para que a população possa ter acesso a cursos on-line e gratuitos, como os oferecidos pela Escola Virtual de Governo (EV.G). Também foi marcada, por meio de uma articulação ao longo da visita à Enap, uma reunião para o grupo ser recebido no Ministério da Educação.

A presidenta da Escola foi presenteada com colares e brincos produzidos nas comunidades e batizada com o nome indígena “Hôckej Canela”, pela cacique Sandra, em uma cerimônia no pilotis do edifício da Enap, seguida da apresentação de uma dança tradicional.