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Palestrantes trouxeram dados e soluções já em uso na iniciativa privada e na administração pública para evento promovido pelo Laboratório de Inovação em IA

Para a diretora Executiva e presidenta substituta da Enap, Natália Teles, é em iniciativas como essa que as pessoas têm a oportunidade de olhar para o problema e buscar soluções, e a Enap tem esse compromisso com a incorporação de conhecimento e capacidade em IA no serviço público. “O LIIA e a Enap vêm oferecendo esses espaços de colaboração e construção de conhecimento e de apropriação de tecnologias pelo serviço público. É nesse lugar de olhar qualificado para problemas, que as soluções vão acontecer”, ressaltou.

A diretora de Inovação da Enap, Camila Medeiros, lembrou que este ano o Brasil será sede da COP 30 e, portanto, para a Escola, a pauta é prioritária. “Esse espaço é fundamental para debatermos as intersecções entre o avanço da inteligência artificial e a proteção dos ecossistemas nacionais. Aqui na Enap a gente acredita em um serviço público dinâmico, inovador e comprometido com o futuro, e que seja capaz de utilizar a tecnologia de forma humana e estratégica para enfrentar os desafios ambientais e impulsionar soluções sustentáveis”, complementou.

Ainda sobre os desafios, o presidente do Ibama ressaltou que as parcerias com empresas de tecnologia são fundamentais para manter a administração pública antenada às circunstâncias do momento, que também pode mudar a qualquer tempo. “Algumas ferramentas mais convencionais estão sendo incorporadas ao dia a dia. Vamos ganhar tempo, velocidade e eficiência (...) que a gente consiga fazer, de fato, as entregas e, de fato, conservar nosso bioma”, disse Agostinho. 

Parceira da Enap na resolução de problemas complexos de acesso a conhecimentos e tecnologias de fora da administração pública, a Amazon Web Services (AWS) tem, de acordo com líder de vendas de governo, Umberto Mancebo, um espaço dedicado às políticas de transformação do serviço público. “O impacto que podemos criar com a tecnologia para o cidadão é absurdo e esse momento é agora. Precisa entender as demandas, onde podemos trabalhar e mudar vidas. O grande desafio é a priorização porque o que não falta é oportunidade”, destacou ao comentar, ainda, que o uso de IA pela AWS é antigo e foi aprimorado a partir do surgimento da IA Generativa, como na segurança. 

IA na prática 

A primeira mesa do seminário, “Estratégias de IA Generativa para o Setor Público”, contou com a participação do analista de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SGD/MGI) Alex Pereira e do líder do time AWS Brasil, Arnaldo Aimola. 

O representante do MGI apresentou dados comparativos de orçamento para investimentos na aplicação de IA, entre tribunais superiores e universidades, e apresentou exemplos bem-sucedidos do uso em instituições governamentais, como o iAGU Super Sapiens, que auxilia na produção de peças jurídicas e geração de pareceres e recursos da Advocacia-Geral da União (AGU); o ChatTCU, chatbot utilizado para otimizar a produção de textos e análises do Tribunal de Contas da União (TCU), e o SEI IA, o assistente de IA generativa integrado ao SEI, com análise, tradução e revisão de documentos, projeto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Para fechar o evento, o analista de negócios do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) Rodrigo Aragão apresentou a palestra “Machine Learning para prever locais propensos a enchentes no estado do Rio Grande do Sul”. 

O analista do Serpro exemplificou o mapeamento das probabilidades de enchentes no estado gaúcho e se aprofundou no uso do Google Earth Engine para obtenção de imagens, além de outras técnicas fundamentais. “Quando a gente fala de imagem de análise de satélite, uso do solo, isso é muito antigo. Institutos governamentais do mundo todo já disponibilizam. O que alavancou muito com a democratização dos dados”, detalhou. 

Reforma tributária 

Sávia Gavazza, gerente de projeto do Plano de Transformação Ecológica, na Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda (MF), trouxe para o evento a reflexão sobre as mudanças estratégicas que o Brasil pode passar a partir da reforma tributária e a atração de mais data centers no país, que são os centros de processamento de dados. 

A gerente explicou que 60% da infraestrutura digital brasileira roda nos Estados Unidos, o que impacta na lentidão dos serviços. Mas Sávia salientou que, conforme planos do governo federal, até 2027, o Brasil será 59% do mercado da América Latina de data centers. 

“O Brasil é o objeto de desejo, em termos de energia, do mundo inteiro. A gente [MF] tem trabalhado nessa política de data centers com alguns objetivos, como diminuir a dependência externa de sempre ter uso dos nossos dados armazenados em outros países. Com a reforma tributária, teremos uma mudança enorme. Um governo preparado e com soberania em termos de ciência sobre onde estão armazenados esses dados, clareza para os investidores e segurança jurídica do tempo de investimento. A maioria dos instrumentos já estão disponíveis em leis pulverizadas e precisamos endereçar isso até que essa reforma tributária esteja completamente implementada”, explicou Sávia Gavazza.

Semana de Inovação 2025 

O evento, produzido pelo Laboratório de Inovação em IA do Governo Federal (LIIA) em parceria com a Amazon Web Services (AWS), levanta o tema da Semana de Inovação deste ano. O LIIA foi lançado na SI 2024 e estará também na edição atual com a temática voltada ao meio ambiente. 

Em 2025, a Semana de Inovação vai falar sobre “Um planeta, uma chance: inovar para um futuro possível”, e a inteligência artificial será um dos subtemas para as atividades do evento, que será realizado de 30 de setembro a 2 de outubro na Enap. 

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