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A solenidade de premiação foi realizada na última sexta (22) e contou com a presença do Secretário Especial da Receita Federal do Brasil, José Barroso Tostes Neto, do Superintendente da RFB na 1ª Região Fiscal, Antônio Henrique L. Baltazar, do diretor de Governo do Banco do Brasil, Emanuel Rondon e de Guilherme Almeida,  diretor de Gestão do Conhecimento da Enap. Estiveram presentes também ex-secretários da RFB e demais gestores do órgão.

Idealizado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Economia, o 18º Prêmio de Criatividade e Inovação da RFB – 2019 tem o objetivo de valorizar e reconhecer trabalhos técnicos apresentados por servidores e empregados em exercício na Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, com vistas a implantação de boas práticas de gestão e melhoria da qualidade dos serviços prestados ao contribuinte. Os trabalhos concorrentes foram apresentados em forma de relato e encaminhados para Enap, parceira da RFB na realização do prêmio.

O secretário Especial da RFB saudou todos os servidores do órgão, que nos lugares mais longínquos do país, nas Regiões Fiscais, aduanas, portos e aeroportos, realizam seu trabalho. Destacou a construção de valores pautados na ética e compromisso com a instituição.

A evolução da tecnologia, disse ele, traz uma época disruptiva que impõe a necessidade de incorporar ferramentas da economia digital. Isto traz oportunidades inimagináveis e novos desafios. Deixou sua mensagem de confiança e certeza de que a RFB vencerá os desafios presentes e seguirá com inovação e excelência. 

Destacou, além do Prêmio Inovação, o concurso de Histórias de Trabalho da RFB, em sua décima edição, e a entrega da Medalha Noé Winkler, cujos premiados também foram agraciados na mesma solenidade. Todos têm foco em projetos desenvolvidos pelo órgão.

Já Guilherme Almeida ressaltou que a Enap tem a missão de fomentar o ecossistema da administração pública, com aperfeiçoamento contínuo e busca da eficiência. “A celebração desta noite coroa o papel da RFB, de liderar atividades de inovação do Governo Federal. Os prêmios ressaltam e reconhecem o trabalho das pessoas e organizações", afirmou o diretor de Gestão do Conhecimento da Enap.


Entrevista com Ronald Cesar Thompson, Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil , 1º lugar no prêmio e a
utor do “Projeto b-CPF e b-CNPJ – Blockchain das bases cadastrais da RFB”.

1 – Em que consiste o projeto?

Ronald: As bases do CPF e CNPJ englobam a visão de todas e empresas e contribuintes. Não adianta manter uma base centralizada no momento em que o país quer se integrar. Há duas alternativas: ou você mantém a base centralizada ou fornece a base. Pensamos então se não haveria uma terceira alternativa, e nosso projeto é essa terceira possibilidade. Significa você criar uma forma de integrar, de colocar tudo em volta de uma base.

Fazendo analogia para a equação, podemos citar a solução que deram para a troca de dinheiro entre pessoas sem usar um banco central. É como um iceberg, onde por fora você tem o bitcoin (moeda virtual) e abaixo da superfície você tem o que dá suporte tecnológico. É o blockchain como solução para integrar as bases CPF e CNPJ. Importante destacar que nosso projeto nada tem a ver com bitcoin, mas é uma analogia para facilitar o entendimento.

2 – Quem pode usar essas bases?

Ronald: Qualquer órgão público que necessite usar. Nosso país tem o desafio de melhorar o ambiente de negócios. A ideia de usar a tecnologia blockchain é principalmente de ajudar o país e criar uma norma que todos os órgãos de segurança pública, Detran e Judiciário, TCU e outros possam trabalhar em cima da base sem depender de um modelo centralizado.

3 – E a questão da segurança das informações contidas na base, como fica?

Ronald: Blockchain é o estado da arte no mundo de hoje. Países que estavam sofrendo ataques digitais de quarta geração passaram a utilizar esta tecnologia. Dubai, por exemplo, integrou todos os serviços públicos com o uso destas plataformas. O Brasil é um país enorme e pode se beneficiar com a integração em função destas características.

4 – O projeto já está em funcionamento?

Ronald: Sim. Hoje, ao invés de pagar 40 mil reais por mês para utilizar as bases, os órgãos pagam 900 reais ao mês para consumi-las com segurança.

5 – Você está recebendo o Prêmio Inovação pela quarta vez. Os anteriores foram todos projetos de tecnologia?

Ronald: O projeto anterior foi de resolver o problema de filas em aeroportos. Consistia em utilizar câmeras de reconhecimento facial, que compara os viajantes com as bases da RFB. Não ficamos parando as pessoas a esmo, a ideia é parar a “pessoa certa”. São ideias pensando em melhorar a vida dos brasileiros, temos uma visão patriótica. Os dois projetos anteriores foram focados em governança, especialmente sobre como melhorar a vida dos cidadãos com base nos 650 sistemas operados pela Receita Federal.


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