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Apesar da recuperação no setor de serviços, economia precisa ainda lidar com a inflação e melhorar taxa de desemprego

IMG 3342O economista Alexandre Schwartsman, sócio-diretor da Schwartsman & Associados Consultoria Econômica e ex-diretor para Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil, está otimista em relação ao  cenário econômico do Brasil. O assunto foi destaque no Fronteiras e Tendências (Frontend) desta terça-feira (30/05), na sede da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília.

“A gente passou boa parte de 2021 andando de lado e no começo do ano de 2022 parece um pouco melhor. O setor de serviços está se recuperando e houve um aumento de preço de commodities”, comentou.

Segundo Schwartsman, o Brasil é beneficiado quando os preços das commodities sobem, pois o país é um grande exportador do agronegócio, minério de ferro e petróleo. O preço do que o Brasil exporta em relação ao que importa tem uma relação positiva para a balança comercial e as exportações subiram aceleradamente. No caso das exportações agrícolas, elas quase dobraram.

O ex-diretor para Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil, Schwartsman, avaliou, no entanto, que o Brasil vive um fenômeno inflacionário difícil de lidar, mais forte que o de 2015, quando a inflação chegou a 12%, em também do que em 2003, quando chegou na casa dos 17% [ a expectativa do Banco Central é que a inflação fique esse ano na faixa de 10%]. 

“A gente perdeu a capacidade de ancorar as expectativas de inflação. Enquanto nos EUA as expectativas convergem pra meta, no Brasil sugere um fenômeno mais persistente. A inflação é um fenômeno que vai demorar a ser contido”, disse. Para Schwartsman, a inflação no Brasil não é um fenômeno ligado ao dólar, nem a commodities. De toda forma, ele considera importante evitar que o aumento do preço de um produto, contamine os demais preços.

No quesito taxa de desemprego, o país ainda apresenta uma taxa elevada, na casa de 10%, enquanto em 2014 o país alcançou o menor nível da história, chegando a 6.5% . Ao comparar Brasil e Estados Unidos quanto à taxa, ele explicou que o mercado de trabalho nacional é mais “frouxo”, porque a dinâmica inflacionária é pior e também por conta do  passado inflacionário. Já  nos Estados Unidos, ele enfatizou que a situação é de pleno emprego.

O presidente da Enap, Diogo Costa, afirmou durante o evento que a economia é o tema que mais preocupa a mente do cidadão brasileiro no momento e aproveitou para convidar todos a conhecerem as atividades da Enap, que é a maior Escola da Administração Pública do país, com 2 milhões de alunos e mais de 419 cursos na plataforma online da Escola Virtual de Governo.

Confira a palestra na íntegra:

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