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Publicação busca melhorar o conhecimento sobre a produção e uso dos dados públicos por parte dos  governos da região



16/08/18 - Foi realizado, nesta quinta-feira (16), o lançamento do livro A quem importa saber? A economia política da capacidade estatística na América Latina, dos autores Eduardo Dargent, Gabriela Lotta, José Antonio Mejía e Gilberto Moncada. Este  livro  faz  parte  de  uma  iniciativa  conduzida em 2015 pela Divisão de Inovação para Servir o Cidadão (IFD/ICS) do Banco Interamericano  de  Desenvolvimento  (BID)  para  explorar  a  economia  política  da  capacidade  estatística  na  América  Latina  e  no Caribe.

Seu propósito é avaliar os fatores institucionais e técnicos que influem  no  fortalecimento  e  no  funcionamento  dos  Sistemas  Estatísticos  Nacionais  (SEN),  em  particular  os  Departamentos  Nacionais  de Estatística  (DNE).  Essa pesquisa  busca responder  as  seguintes  perguntas:  Por  que alguns  países  têm  capacidade estatística maior que a de outros? Quais são os fatores determinantes da economia política que condicionam o aumento da capacidade estatística nos países da região? Qual é o benefício de contar com boas estatísticas e qual é o custo das ruins?

Esta  iniciativa  de  pesquisa  se  insere  nos  esforços  dos  países  da América Latina e do Caribe para promover políticas públicas baseadas em resultados, lastreadas por dados confiáveis e evidências empíricas.

Mais especificamente, este estudo busca melhorar o conhecimento sobre  a  produção  e  uso  dos  dados  públicos  por  parte  dos  governos  da  região  para  promover  a  efetividade,  eficiência  e  transparência  das  políticas  públicas  no  contexto  dinâmico  da  “revolução  dos  dados”. 

Esta  iniciativa  desenvolveu  uma  estrutura  conceitual  para  contextualizar  a  importância  do  fortalecimento  institucional  estatístico  dentro do  processo  de  formulação  e  avaliação  das  políticas  públicas  e,  mais amplamente,  da  capacidade  institucional  do  Estado.  Propõe  arcabouços metodológicos e indicadores de capacidade estatística para analisar os  efeitos  dos  fatores  da  economia  política  sobre  a  institucionalidade estatística, aplicando as propostas conceituais resultantes, na forma de estudos de caso, a 10 países da região.

Espera-se  que  os  resultados  gerados  por  esta  iniciativa  de  conhecimento  contribuam  para  entender  melhor  as  causas  da  variação  na produção e uso das informações estatísticas nos países da região, como os  governos produzem  estatísticas,  porque  as  utilizam  em  maior ou menor grau e como poderiam produzi-las e divulgá-las melhor no futuro.

Sobre os autores

Eduardo Dargent  é professor do Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP) e Diretor do curso de mestrado  em  Ciências  Políticas  da  mesma  universidade.  É  advogado (PUCP), tem mestrado em Filosofia Política pela Universidade de York, Reino  Unido,  e  doutorado  em  Ciências  Políticas  pela  Universidade do Texas,  em  Austin.  Suas  áreas  de  pesquisa  são  a  política  das  políticas públicas, a economia política, o Estado na América Latina e os partidos políticos.  Em  2015,  publicou  o  livro Technocracy  and  Democracy: The Experts  Running  Government (Nova  York:  CUP).  Atualmente  trabalha em um projeto sobre a mineração de ouro em pequena escala na Bolívia, Colômbia e Peru no contexto do Boom  de recursos, e em outro projeto sobre a regulamentação de transgênicos na Região Andina.

Gabriela Lotta é professora de Políticas Públicas (graduação e mestrado) da  Universidade  Federal  do  ABC  (UFABC),  Brasil.  Tem  doutorado  em Ciência Política (Universidade de São Paulo, USP), e mestrado em Administração Pública (Fundação Getúlio Vargas, FGV). É coordenadora do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB) da UFABC, professora da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e coordenadora da área de Estado e  Políticas  Públicas  da  Associação  Brasileira  de  Ciência  Política  (ABCP).

Suas áreas de pesquisa incluem burocracia, gestão governamental, e análise de políticas e de organizações públicas. Trabalhou como consultora em instituições  do  governo  brasileiro,  instituições  de  pesquisa  e  instituições internacionais  como  o  Programa  das  Nações  Unidas  para  o  Desenvolvimento (Pnud) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

José Antonio Mejía atua atualmente como Especialista Líder em Modernização do Estado no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e seus temas abrangem o fortalecimento das capacidades estatísticas, as  informações  sobre  segurança  pública  e  a  violência  de  gênero.  Tem  mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Georgetown e em Economia  pela  Universidade  George  Washington.  Entre  2008  e  2012  foi Vice-presidente da Primeira Junta Diretora do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI). Antes dessa nomeação, trabalhou por 13 anos no BID, onde coordenou o Programa MECOVI.

Gilberto  Moncada   é  economista,  especializado  no  desenvolvimento técnico  e  institucional  dos  sistemas  estatísticos  nacionais,  com  ampla experiência  na  América  Latina.  Foi  Gerente  Geral  da  Cuánto  S.A., empresa de consultoria peruana, e consultor do Banco Interamericano de  Desenvolvimento  (BID),  onde  coordenou  o  Programa  MECOVI. 

Foi também chefe do Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI) do Peru, estatístico regional para a América Latina da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO) e consultor do Banco Mundial. Mais recentemente, atuou como Especialista Sênior em Modernização do Estado do BID. Tem mestrado em Economia pela Universidade de Georgetown/ILADES, Santiago do Chile.

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