Como parte da programação do mês das mulheres na Enap, nesta terça-feira (7) foi realizada a mesa redonda "Antirracismo, poder e tokenismo", com mediação da servidora Fabiany Barbosa, da diretoria de Desenvolvimento Profissional (DDPro), Contou com a presença da presidenta da Escola, Betânia Lemos, de Tatiana Dias, Diretora de Avaliação e monitoramento do Ministério da Igualdade Racial (MIR), de Ana Carolina Souza Ferreira, Analista Técnica de Políticas Sociais do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e Clara Marinho, Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). Juntas, debateram a respeito de como o racismo ainda está enraizado na cultura brasileira e quais medidas podem ser tomadas para que seja construído um sistema cada vez mais igualitário.
Betânia Lemos iniciou sua fala explicando o objetivo das atividades promovidas pela Escola durante o mês de março. “O Mês das Mulheres é um conjunto de atividades de capacitação em temas que focam na igualdade de gênero e empoderamento feminino, promovido pela Enap”, disse.
A presidenta da Escola ressaltou a discriminação que mulheres negras ainda sofrem no serviço público e a importância da luta antirracista. “O Brasil é um país marcado por desigualdade social e racial. Apesar de ser uma nação diversa, a discriminação racial ainda é uma realidade que afeta negativamente a vida de muitas pessoas. E no serviço público brasileiro, essa realidade não é diferente, especialmente quando se trata de mulheres negras”, afirmou.
Por fim, convidou todos a refletirem sobre quais os mecanismos, ações e políticas que o serviço público deve avançar para ser realmente inclusivo e não apenas parecer inclusivo, o chamado fenômeno tokenismo. Na ocasião, ainda lançou o curso “Inclusão de Gênero na Ponta da Língua”, disponível na EV.G, que pode ser realizado a distância (EaD).
Durante o debate, a moderadora Fabiany intercalou questões para estimular a reflexão e iniciou sua fala com um convite para que todos pensassem sobre o antirracismo e como o racismo estrutural afeta a inclusão de mulheres negras no serviço público brasileiro.
“É necessário reconhecer que a questão racial se cruza com muitos outros aspectos da identidade de uma pessoa, incluindo orientação sexual, identidade de gênero, nacionalidade e deficiência. Nem todas as pessoas são afetadas pela cor ou etnia da mesma maneira”, afirmou a servidora da DDPro.
As demais participantes expuseram suas realidades e pontuaram questões que podem ser mudadas para alcançar a igualdade racial no governo e enfrentar as desigualdades existentes. Para assistir a todas as falas acesse a transmissão realizada no canal do Youtube da Enap.