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Diane Garza participou da sexta edição do FronTend, evento que busca promover a discussão de temas atuais e relevantes para o governo, com a participação de renomados especialistas

Desenvolver habilidades é algo necessário para a manutenção de um futuro profissional promissor. Entre as várias competências, as soft skills, termo em inglês que relaciona as aptidões sociais, emocionais e mentais ligadas à personalidade de cada um, estão se apresentando cada vez mais necessárias para o exercício de uma liderança efetiva. Para Diane Garza, instrutora de lideranças da Universidade de Georgetown e CEO da iCatalyze (empresa de liderança e coaching), “o futuro do trabalho pede profissionais com habilidades comportamentais, tanto no setor público quanto no setor privado em geral”. Em sua participação na 6ª edição do Fronteiras e Tendências deste ano, no último dia 26 de maio, Diane conversou com Simone Maia, consultora da empresa de gerenciamento de líderes e equipes Lee Hecht Harrison, sobre como essas capacidades podem ser cada vez mais desenvolvidas.

De acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial sobre o futuro dos empregos publicado no ano passado, 50% de todos os funcionários do mundo precisarão de requalificação até 2025, conforme aumenta a adoção de tecnologia. Segundo a publicação, das 15 competências em alta até 2025, seis delas são soft skills. “Nós teremos que aperfeiçoar algumas de nossas habilidades para estar à altura do desafio, para ser relevante e produtivos nesta nova era. As soft skills estão se tornando cada vez mais importantes nas forças de trabalho”, afirma Diane.

Para que não houvesse dúvidas a respeito do termo, Diane Garza primeiro diferenciou o que seriam as hard skills e as soft skills. “Hard skills são aquelas que geralmente aprendemos nas salas de aula, com as experiências. São habilidades que podem ser medidas. Por exemplo, você pode identificar o quanto sabe sobre habilidades matemáticas, são habilidades técnicas e mensuráveis. As soft skills não necessariamente são aprendidas em uma sala de aula, muitas delas são inatas e  estão relacionadas com a personalidade, são subjetivas e difíceis de serem medidas. A sua comunicação, habilidade de trabalhar em equipe, solução de problemas e pensamento crítico, liderança, criatividade e inovação, são todas soft skills”, explicou.

A instrutora de liderança destacou o avanço da tecnologia como um dos fatores que podem exigir ainda mais o desenvolvimento das competências emocionais, “uma das grandes habilidades soft skills que temos é escolher como vamos reagir. As máquinas não podem escolher e isso é uma das grandes habilidades que temos. As habilidades humanas são cada vez mais importantes e são elas que nos diferenciam. Então quanto mais pudermos focar nestas soft skills e tomarmos posse delas, melhor”.

Outro ponto enfatizado foi a importância do desenvolvimento de inteligência emocional, tanto dos líderes quanto da equipe. “A inteligência emocional tem dois elementos importantes: primeiro, se entender e liderar a si próprio para depois liderar os outros. Segundo, a resiliência e a nossa habilidade de superar obstáculos e desafios. Ao invés de sermos controlados por nossas emoções, podemos controlá-las. Quanto mais desenvolvermos nossa mente e presença no momento, podemos estar cada vez mais no controle e isso nos ajuda a desenvolver resiliência”.

Durante sua participação no FronTend, a instrutora ressaltou a importância de discutir sobre liderança, discutiu a diferença entre habilidades e competências, ensinou formas de ajudar pessoas a desenvolverem confiança e salientou o papel de correr riscos e até fracassar como parte do processo de inovação. Por fim, destacou o que considera como a maior habilidade de liderança: saber delegar. “Ao conceder mais liberdade você também acaba empoderando mais seus funcionários. É importante deixar as pessoas fazerem as coisas,” explica a instrutora.

Confira abaixo os principais pontos da conversa entre Diane Garza e Simone Maia e assista à entrevista completa no canal do YouTube da Enap na versão original em inglês e na versão em português.

  • Diferença entre hard skills e as soft skills
  • Lista de prioridades com habilidades que serão necessárias para as força de trabalho até o ano de 2025, feita pelo Fórum Econômico Mundial
  • Como ajudar a mudar a cultura para que os atributos das soft skills sejam devidamente valorizados e melhorados dentro de uma organização
  • A importância de se criar segurança psicológica entre as relações de trabalho
  • A diferença entre humanos e máquinas
  • O desenvolvimento de inteligência emocional
  • O que os funcionários públicos podem fazer para desenvolver resiliência
  • A habilidade de liderança mais importante
  • Como as pessoas desenvolvem confiança
  • Como líderes podem incorporar as habilidades sociais que são importantes na vida cotidiana de trabalho

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