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Estão abertas as inscrições para maratona em que os participantes analisarão dados do Infogov

O que os dados disponíveis sobre os servidores públicos nos dizem? Como esses dados podem ajudar a administração pública a solucionar problemas de desigualdades internas? Pensando em entender essas questões, a Enap promove o” Dathaton: Desigualdades de Gênero no Serviço Público”, uma competição de inovação aberta que utilizará a metodologia de maratona de dados (datathons) para dar oportunidade para servidores públicos, estudantes, acadêmicos e outras pessoas interessadas em buscar identificar o que os dados disponíveis no Infogov contam sobre as desigualdades de gênero no serviço público.

 

O evento

De 6 a 10 de março as equipes participantes se encontrarão na sede da Enap, em Brasília (DF), para imersão e resolução dos desafios propostos a partir de dados disponíveis no Infogov. O objetivo é construir inteligência sobre o tema das desigualdades de gênero no serviço público para além da simples leitura dos dados e receber dados articulados em forma de análise. O Datathon faz parte das comemorações do Mês das Mulheres da Enap. 

Pode ser uma visão inovadora sobre política de gestão de pessoal, de seleção, de comunicação, uma política social. O que importa é chegar em informação que possa subsidiar soluções de combate à desigualdade de gênero no serviço público. Embora seja uma competição, o combate à desigualdade de gênero no serviço público é uma vitória de todos. 

Sabe-se que as desigualdades de gênero não caminham sozinhas. Portanto, perspectivas interseccionais nas análises são mais que bem-vindas para o Datathon.

Quem pode participar?

O evento destina-se a servidores de órgãos ou instituições públicas, representantes de empresas, entidades privadas sem fins lucrativos, cidadãos brasileiros e estrangeiros em situação regular no país, a partir de 18 anos de idade, que poderão participar em grupos ou individualmente.

A organização encoraja a participação, especialmente, de organizações do terceiro setor, empresas e startups com foco em ESG (governança ambiental, social e corporativa), instituições de pesquisa, setor público e indivíduos interessados no tema das desigualdades de gênero. 

É importante ressaltar que a composição das equipes do Datathon deverá seguir a paridade de gênero, com pelo menos 50% de mulheres (cis ou transgênero).

Quem não é da área de ciência de dados, não precisa se preocupar! A competição busca perfis variados nas equipes: programadores, gestores (de RH, políticas públicas, projetos, produtos), pesquisadores em gênero, profissionais da área de tecnologia ou outras que possam agregar aos participantes.

Todos os participantes são responsáveis pela sua estadia, alimentação e transporte ao evento.

O Desafio

A desigualdade de gênero não é um tema recente e se manifesta em todos os espaços da vida social. Diversos estudos apontam para tendências não equitativas no mercado de trabalho: menor ocupação de cargos de chefia por mulheres, salários díspares entre homens e mulheres, divisão sexual do trabalho.

Vamos identificar essas desigualdades dentro do serviço público? Reconhecer problemas e saber apontar onde eles se encontram (neste desafio, a partir de técnicas em ciência de dados) qualifica a discussão e nos permite desenhar soluções inovadoras mais adequadas para combater problemas antigos.

Por que isso é um problema?

Os desdobramentos da desigualdade de gênero dentro do serviço público são múltiplos, como diferença salarial e na ocupação de postos de chefia e cargos ou funções e na divisão sexual do trabalho.

Os resultados de tanta diferença são prejudiciais para a qualidade e a efetividade das políticas públicas, que terminam por pouco considerar as especificidades de gênero e, também, para a imagem que o serviço público constrói de si, tanto para dentro quanto para fora de seu espaço: pouca representatividade emana distanciamento e menor legitimidade sobre as decisões tomadas. E este não é o Estado que queremos, certo?

Quais são os desafios?

O datathon está aberto a qualquer contribuição que forneça análise dos dados coletados e perspectivas interessantes. Para isso, propomos seis desafios:

  • Desafio 1: Análise descritiva - Existem carreiras com mais ou menos equidade de gênero? Quais são elas? O que elas nos contam?
  • Desafio 2: Análise comparativa - Qual a composição de gênero no serviço público entre servidores ativos, aposentados e pensionistas? Existe alguma diferença geracional dentro dos grupos?
  • Desafio 3: Análise de cluster - Qual o perfil das chefias ou daquelas pessoas com os maiores salários no serviço público?
  • Desafio 4: Extração de palavras-chave - Em que tipo de cargo/lotação ou setor de políticas públicas estão lotadas mulheres e homens?
  • Desafio 5: Análise textual - Quais são os atos normativos no RegBR que refletem sobre ou tentam mitigar desigualdades de gênero?
  • Desafio 6: Tarefa aberta - Se quiser estudar problemas não indicados acima, participe desta tarefa.

Cada desafio é independente dos outros. As equipes podem focar em um ou mais desafios, conforme o interesse dos integrantes.

Premiação:

Serão selecionadas as três melhores entregas realizadas pelas equipes, que receberão premiação em duas formas:

  1. Os integrantes das equipes vencedoras receberão troféu de reconhecimento, segundo a posição da premiação ( primeiro, segundo e terceiro lugares).
  2. A Enap fará uma publicação com as análises de dados realizadas pelas equipes vencedoras.

A Comissão Julgadora poderá não premiar qualquer um dos trabalhos quando eles não tiverem qualidade satisfatória ou forem inadequados ao tema.

E aí, se interessou? Então, venha fazer parte deste Datathon! 

Serviço: 

De 6 a 10 de março de 2023, de 9h às 18h

Sede da Escola Nacional de Administração Pública- Enap

SPO Área Especial 2-A Asa sul, Brasília- DF.

Inscrições:

Data: de 13 a 28 de fevereiro de 2023

Confira o edital

 

Teremos dois Webinários pré-evento por meio das nossas redes sociais!

Dia 14/02, às 19h: “O que será o Datathon? O que esperamos construir?” 

Tempo aberto para tirar dúvidas.

Dia 28/02, às 19h: “Gênero e dados. Como podemos articular estes temas?”