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A proposta da oficina foi baseada em três cenários fictícios com contextos realistas baseados no setor público, com dinâmica e mesas de debate

A construção de iniciativas e boas práticas de cuidado no setor público foi destaque no primeiro dia da Semana de Inovação 2024, nesta terça-feira (29), durante a dinâmica prática realizada na oficina “Novas possibilidades de políticas institucionais para promoção da equidade de gênero e raça nas tarefas de cuidado”.

A atividade foi ministrada por representantes da Rede Equidade; pela coordenadora do Comitê Permanente pela Promoção de Gênero e Raça do Senado Federal, Stella Maria Vaz Santos Valadares; pela coordenadora de Projetos na Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério de Minas Energia (MME), Márcia Alves de Figueiredo, e pelo integrante do Comitê Pró-equidade de Gênero e Raça da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ábiner Augusto Mendes Gonçalves.

A proposta da oficina foi baseada em três cenários fictícios com contextos realistas baseados no setor público: uma servidora que tem a necessidade de se ausentar com frequência para cuidar de um filho autista e de seus pais, uma servidora negra que tem suas demandas sobre racismo minimizadas no atendimento psicológico no órgão público e um servidor homossexual idoso que adoece e não pode contar com apoio familiar para o tratamento, cabendo aos colegas de trabalho o suporte necessário. 

Depois de assistirem aos vídeos descritivos, os participantes seguiram para a dinâmica chamada work café com a distribuição em três mesas de debate, partindo de um cenário específico para cada grupo. A cada rodada, de 25 minutos de duração, os inscritos puderam apresentar suas experiências e opiniões, além de registrar propostas de ações práticas para colaborar com a mudança em prol do direito ao cuidado em cada contexto. 

A primeira mesa tratou do “direito a cuidar – licença para cuidar de ascendentes e descendentes”. Sob a coordenação de Márcia Alves, os integrantes da oficina responderam a cinco questões e propuseram sugestões. “Nesse cenário, o grupo entendeu que os homens não têm, na sua essência, a questão do cuidar, por isso ele replicam essa característica nos seus meios sociais”, descreveu a representante do MME. “A mudança da legislação também é um ponto muito importante para ser flexível o suficiente para atender às necessidades mais individuais”, completou.

“O direito a ser cuidado - acesso à saúde para o envelhecimento saudável da população LGBTQIA+” foi o tema da segunda mesa, coordenada por Ábiner Gonçalves. Após o debate, o advogado da EBC compartilhou o entendimento do grupo. “Pessoas que têm vidas fragilizadas chegam ao envelhecimento também frágeis”, pontou. Ele explicou que, pela contribuição dos participantes, existem algumas iniciativas de suporte, porém, sem a interseccionalidade, personalização e planejamento estratégicos necessários. “Para melhorar, sugerem políticas de reconhecimento da agenda, a necessidade de institucionalizar o tema e deixar de ser sazonal.”

Por fim, na mesa três, as discussões sobre “o direito ao autocuidado - saúde mental da população negra” foram coordenadas por Stella Valadares. Em sua apresentação, ela falou em nome do grupo e destacou o que chamaram de “impessoalidade negativa”. “Enxergar as pessoas, suas necessidades sem atendê-las da melhor forma é bastante negativo na vivência dos participantes”, afirmou. Diante disso, a sugestão é contribuir para ações e iniciativas que sejam capazes de promover a sensibilização e a capacitação, além de ampliar a diversidade nos postos de liderança. 

A Rede Equidade tem como propósito a cooperação técnica na implementação de ações conjuntas para promover e aperfeiçoar a gestão de inclusão e diversidade, com foco em gênero e raça, visando igualdade e equidade. A iniciativa está alinhada à Agenda 2030 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Lançada oficialmente em 2022, a Rede tem atualmente 31 instituições dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que fazem parte da iniciativa. 

Sobre a Semana de Inovação 
A Semana de Inovação 2024 é realizada pela Enap, em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Ministério das Mulheres e o Tribunal de Contas da União (TCU), com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e tem patrocínio de Petrobras, Itaipu Binacional, Instituto Unibanco, Microsoft, IBM/TD Synnex, Fundação Lemann, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), CGI.br, Serpro, Dataprev, Caixa e Governo Federal.

SERVIÇO: 
O quê: Semana de Inovação 2024 (entrada gratuita) 
Onde: Escola Nacional de Administração Pública - Enap (SPO Área Especial 2-A, Asa Sul, Brasília-DF) 
Data: 29, 30 e 31 de outubro 
Formato: Presencial e On-line (Apenas as atrações de palco principal serão transmitidas. As demais atividades presenciais só para os participantes in loco. A programação on-line é exclusiva para inscritos on-line) 
Mais informações e inscrições: semanadeinovacao.enap.gov.br 
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