“A agenda da abundância é o meu termo para um plano nacional. Isso seria orientar nossa política, nossa cultura e nossa economia em torno de soluções win-win (ganha-ganha) que ajudem a maioria das pessoas”, assim o jornalista Derek Kahn Thompson, redator do The Atlantic e autor do livro Hit makers: como nascem as tendências, explicou a expressão que norteou a palestra Agenda da abundância, no encerramento das atividades no Palco Holofote, no começo da noite de terça-feira (9), segundo dia da Semana de Inovação 2022.
Derek Thompson sinaliza que a procura pela "abundância" deve ser uma procura constante no plano de ação dos governos. “Para alcançar a abundância, precisamos primeiro identificar os gargalos que estão nos segurando. Uma vez que tenhamos identificado esses gargalos, podemos então quebrá-los e criar a verdadeira abundância. No entanto, é importante lembrar que o progresso não é simplesmente inventar coisas – é também implementá-las de uma forma que beneficie a maioria das pessoas.”
Ele citou, por exemplo, a dicotomia que os governos enfrentam para gerar a “abundância”. “Então, como a América está atualmente bloqueando a abundância? Bem, queríamos abundância de gênios em nosso país e tornamos muito difícil para os imigrantes mais inteligentes se mudarem da América. Como sair desse entrave, é a grande discussão”, afirmou.
Thompson destacou ainda a força que as mídias sociais ganharam na última década. “Tornamo-nos muito bons reclamando dos problemas que vemos ao nosso redor. Mas, de uma maneira estranha, essas mesmas ferramentas que facilitam a identificação e a reclamação de problemas dificultam a colaboração para resolvê-los”, afirmou ele, fazendo referência à dificuldade de se chegar a um consenso com tantas vozes dissonantes.
Sobre a Semana de Inovação
A Semana de Inovação tem como objetivo reunir os principais especialistas do setor para promover debates e troca de experiências sobre iniciativas de uso de tecnologias, metodologias e processos para melhorar o serviço público brasileiro. É um evento que tem como realizadores: Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Tribunal de Contas da União (TCU), Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e Ministério da Economia. Além da correalização do Ministério da Saúde, do SUS, do Ministério da Educação, da Funasa, do Inep, da Fundação Joaquim Nabuco e da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).