A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) promove nesta semana, entre 21 e 25 de outubro, o curso Mulheres na Liderança. A capacitação tem como objetivo fortalecer as competências de liderança de mulheres, conscientizar sobre vieses de gênero no local de trabalho e promover o empoderamento coletivo das servidoras por meio da formação redes e alianças, contribuindo para o aumento da representatividade de gênero no setor público.
“Este curso de liderança para mulheres faz parte do programa Formação e Iniciativas Feministas da Enap, um pacote de mais de 20 cursos e eventos presenciais e on-line para aumentar a representatividade de mulheres nos cargos de liderança pública e fomentar políticas que promovam igualdade de gênero”, pontuou a diretora de educação executiva da Enap, Iara Alves.
O curso é ministrado pela professora e filósofa francesa Gisèle Szczyglak,autora do livro Subversivas. Durante a abertura do curso promovido pela Enap, que ocorre presencialmente em Brasília, a docente comentou a importância de cursos de liderança exclusivo para servidoras. “Precisamos de sororidade entre as mulheres. E, sem dúvida, espaços como estes são extremamente importantes para que possamos desenvolver esse sentimento”, pontuou Gisèle.
O tradicional curso de Mulheres na Liderança é um dos cursos mais concorridos da Enap. Ofertado anualmente desde 2016, a demanda por vagas é sempre muito alta. Desde 2023, aumentamos o número de turmas ofertadas, mas não conseguimos vencer a fila de espera de interessadas a cada divulgação, de acordo com Soraya Brandão, coordenadora-geral de Capacitação de Altos Executivos da Diretoria de Educação Executiva da Enap (DEX).
“Neste ano, conseguimos atender quatro turmas. Duas no primeiro semestre, e duas turmas agora. Aqui vamos discutir liderança, mas liderança num contexto que só as mulheres vivem diariamente. Todas vocês aqui, que já ocupam cargos de liderança em diversos níveis, enfrentam uma série de desafios diariamente por serem mulheres, por estarem em ambientes, às vezes, majoritariamente masculinos”, comentou Soraya.
A maior parte das servidoras participantes desta edição fazem parte do Poder Executivo, seguido pelo Legislativo e, por fim, Judiciário. A sala conta com uma grande diversidade geográfica e alunas que vieram de unidades da federação das cinco regiões do Brasil, entre eles: Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e Distrito Federal.
“Ao alcançar maior diversidade racial e regional, enriquecemos a troca entre mulheres. O maior ganho dos cursos de liderança exclusivos para mulheres é a possibilidade da reflexão coletiva com perspectiva interseccional das diferentes experiências vividas no trabalho e de desenvolver as estratégias de fortalecimento da identidade de liderança e de superação dos estereótipos de gênero”, conclui Iara Alves.
Entre os temas abordados durante as aulas do curso estão mapeamento de liderança, estratégias de empoderamento, estereótipos de gênero e sociais, presença executiva e marca pessoal. Todos os encontros contam ainda com discussões e perspectivas teóricas feministas, além de oficinas em pequenos grupos e debate coletivo.
A capacitação é destinada a servidoras públicas que ocupam cargos de liderança a partir de FCE/CCE 13 ou equivalentes, com ações afirmativas a partir de FCE/CCE 10. Para garantir diversidade e inclusão, são reservadas 40% das vagas para pessoas negras, além de assegurada a participação de servidoras de diferentes órgãos e regiões do país.
Dúvidas sobre o curso e/ou próximas turmas podem ser encaminhadas para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..