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Com mais de 571 inscritas, programa premiou em Brasília as três melhores iniciativas de empreendedorismo feminino na área de tecnologia

Regis Velasquez/Impact Hub Brasília
Para Keicielle Schimidt (esq.), coordenadora-geral de Inovação Aberta, o sucesso do programa se deve à força das mulheres empreendedoras para superar a desigualdade de gênero
Para Keicielle Schimidt (esq.), coordenadora-geral de Inovação Aberta, o sucesso do programa se deve à força das mulheres empreendedoras para superar a desigualdade de gênero

As grandes vencedoras da 2ª edição do programa Empreendedoras Tech foram premiadas e homenageadas em um evento em Brasília (DF), que contou com a presença das 70 empreendedoras participantes.

As startups Blindog, Engenho Café de Açaí e Stardust Zone receberam a premiação no valor de R$ 50 mil para cada durante a cerimônia do Demoday da 2ª edição do Empreendedoras Tech foi realizada na sexta-feira (13), na sede do Impact Hub Brasília.

O programa, que é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e é realizado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e pelo Impact Hub Brasil, reuniu diversas iniciativas inovadoras e mulheres empreendedoras que estão fazendo a diferença na tecnologia.

De acordo com a coordenadora-geral de Inovação Aberta da Diretoria de Inovação (GNova) da Enap, Keicielle Schimidt, o sucesso do programa se deve ao talento das empreendedoras e à força das mulheres para superar a desigualdade de gênero no setor.

“É uma grande satisfação celebrar o sucesso do Demoday da 2ª edição do Empreendedoras Tech, que mostrou o talento e a inovação dos 70 negócios liderados por mulheres. As finalistas apresentaram soluções que vão desde inclusão e acessibilidade até sustentabilidade, ciência e tecnologia de ponta, refletindo o poder transformador do empreendedorismo feminino no fortalecimento do ecossistema de inovação no Brasil. Essa parceria entre MDIC, Sebrae, Impact Hub e Enap foi um passo decisivo para alavancar a equidade de gênero e impulsionar negócios que impactam positivamente a sociedade”, pontuou Keicielle.

Em sua fala, a secretária-executiva adjunta do MDIC, Aline Damasceno, destacou os projetos do Ministério, especialmente o Empreendedoras Tech. “Estamos encerrando mais uma edição que não só acelera as startups lideradas por mulheres, mas que também tem esse papel de impulsionar a transformação do cenário de inovação e da tecnologia no nosso país ao longo dessa jornada. Testemunhamos ainda, não só competência técnica, mas visão estratégica, resiliência e determinação que inspiram todos nós." "Vocês estão escrevendo uma nova página na história da inovação brasileira, ocupando espaços que até muito pouco tempo eram inacessíveis para as mulheres”, afirmou.

Para a escolha das vencedoras, foram realizadas 10 bancas, cada uma liderada por três mulheres, responsáveis por avaliar as startups em dois blocos distintos de pitches. As bancas aconteceram simultaneamente e contaram com membros de todas as instituições que trabalharam em conjunto para a realização e execução do programa.

Premiação e Vencedoras
No encerramento, as seis propostas que mais se destacaram se apresentaram no palco para o pitch final, que foi avaliado por uma comissão julgadora composta por representantes do MDIC, Sebrae, Enap e Impact Hub. As startups vencedoras foram selecionadas com base em critérios de inovação, impacto social e viabilidade de mercado.

As três vencedoras do prêmio de R$ 50 mil foram:

Blindog, liderada por Luana Wandecy. A Blindog é uma solução inovadora para pets com deficiência visual, oferecendo autonomia e segurança aos animais com um dispositivo inteligente que emite alertas vibratórios para evitar obstáculos. A startup também utiliza inteligência artificial para personalizar o ajuste de acordo com o porte de cada pet.

Engenho Café de Açaí, liderada por Valdeci Gonçalves. A proposta transforma caroços de açaí, um resíduo abundante na região Norte, em produtos sustentáveis e de alto valor agregado, como café de açaí, blends e cápsulas. Além disso, a empresa está em fase de desenvolvimento de um tecido sustentável a partir das fibras do açaí, promovendo economia circular e inclusão social.

Stardust Zone, liderada por Sarah Fernandes. A Stardust Zone oferece soluções B2B e B2C para neurodivergentes, com foco em acessibilidade, inclusão e educação corporativa. A startup também promove eventos temáticos e cursos de soft e hard skills para apoiar a carreira de pessoas neurodivergentes, criando uma comunidade de suporte e oportunidades.

Luana Wandecy contou como o programa promoveu uma transformação significativa em sua jornada de liderança empreendedora, tanto no aspecto profissional quanto pessoal. Ela também destacou o impacto da premiação, que permitirá expandir o alcance da startup e impulsionar ainda mais a solução desenvolvida.

"Participar do Empreendedoras Tech foi uma das experiências mais transformadoras da minha trajetória. Conhecer e trocar ideias com tantas mulheres incríveis, que estão criando soluções que realmente impactam o mundo, me fez sentir parte de algo muito maior. As mentorias e workshops foram fundamentais para o meu crescimento, tanto profissional quanto pessoal, e me ajudaram a repensar estratégias mais eficazes para a Blindog. Vencer o prêmio foi um momento muito especial, pois sei que ele será muito importante para o crescimento da nossa startup e para alcançarmos ainda mais cães cegos com nossa solução. Sou imensamente grata por tudo o que vivi nesse programa", explicou.

Ao longo de todos os meses em que foi executado, o programa disponibilizou mentorias, capacitações, rede de conexão e networking para as participantes, além de uma bolsa de mais de R$ 19 mil para dar suporte aos empreendimentos neste período.

A gerente de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae Nacional, Geórgia Nunes, apontou que o protagonismo feminino é coletivo e deve ser impulsionado por meio de uma rede de apoio que busca fortalecer a união entre as mulheres.

"Programas como o Empreendedoras Tech visam ampliar a rede de apoio feminina, que busca empoderar as mulheres e fomentar o protagonismo delas em diversos setores. Essa rede de apoio é essencial para o fortalecimento das mulheres empreendedoras e deve ser construída em conjunto, com a colaboração de instituições, mentores e, principalmente, das próprias mulheres, que compartilham experiências e conhecimentos para impulsionar umas às outras", reforçou.

Já a vice-presidente do Impact Hub Brasil e fundadora do Impact Hub Brasília, Deise Nicoletto, enfatizou o poder do empreendedorismo feminino e a inclusão das mulheres em setores dominados por homens.

"O evento demonstrou o poder do empreendedorismo feminino no setor tecnológico e a importância de incentivar a diversidade e a inovação para um futuro mais inclusivo. A edição de 2024 do Empreendedoras Tech consolidou-se como um marco na construção de uma rede sólida de apoio, incentivando a presença e o protagonismo das mulheres no universo da tecnologia", comemorou.

Ao final do evento, todas as 70 participantes receberam o certificado do Empreendedoras Tech e festejaram o momento de união e empoderamento dessa jornada de seis meses de programa.