Iniciativa tem parceria com a Aneel para esclarecer os consumidores sobre cobranças na conta de luz



Durante a abertura do Projeto Bandeiras Tarifárias, o Laboratório de Inovação em Governo (Gnova) da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apresentou as propostas para engajar a população no funcionamento das bandeiras tarifárias.

Segundo o presidente da Enap, Diogo Costa, cabe ao governo ser uma ferramenta para melhorar a vida das pessoas. “Uma das coisas em que temos focado bastante é olhar cada vez menos para as necessidades burocráticas e mais para as necessidades do cidadão”.


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Por sua vez, o diretor da Aneel, André da Nóbrega salientou que, “por se tratar de um tema técnico, uma matéria hermética, as bandeiras tarifárias foram mal compreendidas pela sociedade”.

Ao longo de um ano, o GNova identificou as dificuldades para esclarecer os cidadãos a respeito das bandeiras tarifárias. O Laboratório identificou, por meio de levantamento junto à população e a especialistas, que os consumidores se sentem punidos pela cobrança flutuante nas contas de luz.

Além disso, o estudo apontou que a população não identifica as mudanças na cobrança com o cenário dos reservatórios no país, e sim, com a realidade climática da sua região. Com isso, não compreende a razão pela qual em períodos de chuva o valor da energia pode estar mais caro.

Soluções

As soluções propostas para o problema foram elaboradas durante um encontro de técnicos da Aneel e especialistas do GNova no mês de julho. As propostas foram apresentadas em forma de pitch: cada técnico da agência teve 10 minutos para defender o protótipo de design.

A pesquisa do GNova mostrou que a fatura ainda é a principal forma de comunicação entre a Aneel e os consumidores. Contudo, as informações estão registradas de maneira confusa e por isso, um novo layout para a conta de luz foi sugerido durante a apresentação.

Outra frente de ação foi a elaboração de uma estratégia de comunicação, cujo foco será unir a noção de sustentabilidade às bandeiras tarifárias. Isso porque o uso consciente da energia contribui na redução dos impactos da geração e consumo de energia sobre o meio ambiente.

A terceira recomendação foi associar a bandeira verde a um discurso positivo, já que atualmente a bandeira vermelha é associada à punição.

Bandeiras tarifárias

O sistema foi criado em 2015 pela Aneel para indicar o custo real da geração de energia nas cores verde, amarela e vermelha. O valor de cada cor varia conforme as condições de geração de energia naquele mês.