O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) promoveram, nesta quarta-feira (2), o Seminário Perspectivas para o Governo Digital no Brasil. Durante a atividade, foram apresentadas as últimas ações de transformação digital da Administração Pública Federal, como a versão final da Estratégia de Governança Digital, que acaba de passar por revisão.


Também foram lançados o relatório com as principais conclusões da Avaliação sobre Governo Digital no Brasil, produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e a última pesquisa TIC Governo Eletrônico, publicada pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil.

Durante a abertura do seminário, o secretário-executivo adjunto do MP, Walter Baere, explicou que "tratar de governo digital é tratar do próprio governo". "Não consigo imaginar, no século 21, uma gestão sem governo digital. Sem a tecnologia da informação, os governos tendem a sucumbir. Precisamos levar a sério essa agenda, para que possamos ofertar serviços públicos de qualidade, de maneira que estejam disponíveis para toda a nossa população", disse.

O presidente da Enap, Francisco Gaetani, ressaltou que o Brasil é um país fechado, com pouca tradição de conversar com os outros países. "O mundo não é mais assim, não podemos continuar com essa postura. Querendo ou não, fazemos parte de uma sociedade globalizada, competitiva, interligada, aberta. Temos muito o que aprender com os outros, principalmente numa época de transformações digitais, senão ficaremos para trás", afirmou.

Sobre o relatório com as principais conclusões da Avaliação sobre Governo Digital no Brasil, o diretor de Governança Pública da OCDE, Marcos Bonturi, destacou: "A ideia é que não só possamos trazer para o Brasil boas práticas de outros países que têm problemas similares, mas também que possamos mostrar a realidade brasileira a outros países".

Já o diretor presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Demi Getschko, destacou que "para se ter controle do que está gerando, é preciso ter feedback e realimentação do processo". "Políticas Públicas necessitam de dados bons e de confiança para serem implementadas e reajustadas", justificou.

A subchefe adjunta de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais (SAG) da Casa Civil, Erika Nassar, frisou que "a agenda de governo digital é de extrema importância, pois precisamos conseguir que os serviços alcancem todos os cidadãos".

O subchefe adjunto de Gestão Pública da Casa Civil, Marcelo Sampaio, afirmou que "governo digital é um tema que o governo tem visto como estratégico e tem investido recursos para que possamos oferecer serviços digitais para os cidadãos e ‘colocar o Brasil no século 21'".

Por fim, o secretário de Políticas Digitais do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Thiago Camargo, mandou um recado para todas as instituições do governo brasileiro: "Está na hora de integrar tudo. Temos que ter todos os dados disponíveis em todas as instituições em uma plataforma só, para que possamos analisar melhor e fazer políticas públicas melhores".