A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) sediou, nesta segunda-feira (1º), o seminário "Orgulho LGBTQIA+ e Políticas para a Diversidade". O evento foi uma iniciativa conjunta da Enap com os ministérios da Cultura (MinC) e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, e abordou a necessidade urgente de se discutir políticas públicas para a comunidade LGBTQIA+, especialmente considerando os alarmantes números de mortes e agressões decorrentes da LGBTFobia.
“Tivemos registradas 227 mortes em 2023 cuja causa foi a LGBTFobia, mas sabemos que os números são maiores. Então estamos falando de urgência de proteção à vida”, afirmou Natália Teles, diretora executiva da Enap. “Uma trilha de aprendizagem com a temática LGBTQIA+ havia sido suspensa e foi imprescindível para a Enap a retomada desse letramento”, relatou.
O evento destacou a importância da produção cultural para dar visibilidade às diversidades de gênero, sexualidade e raça, e debateu os desafios para o alcance de direitos, inclusão e promoção do bem-estar das populações LGBTQIA+ na sociedade brasileira.
"Temos certeza do compromisso da Enap com essa causa. Sabemos que existem padrões construídos que causam exclusões, adoecimentos e violações. A diversidade é melhor que o padrão. Queremos políticas públicas que contemplem a diversidade e sejam feitas com a participação dessa diversidade", defendeu Symmy Larrat, secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, que também esteve presente à mesa de abertura juntamente com Karina Miranda da Gama, diretora da Promoção da Diversidade Cultural o MinC.
O seminário, com carga horária de quatro horas, foi realizado presencialmente na sede da Enap, em Brasília, e teve o objetivo de discutir o desenvolvimento de competências de inclusão e diversidade entre os servidores públicos. "Refletindo o compromisso da Enap com os princípios constitucionais e os direitos humanos universais”, arrematou Natália Teles.
Também participaram do evento especialistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), além de membros do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), artistas e representantes do terceiro setor.