o professor de filosofia na USP, professor-visitante nas universidades de Paris VII e VIII (Toulouse e Louvain) e bolsista de produtividade do CNPq, Vladimir Safatle. Ele estará na Escola para ministrar a palestra "Dando corpo ao impossível: por um universalismo des-colonial". A atividade está marcada paras as 18h30 com entrada franca.
Safatle escreveu os livros Fetichismo: colonizar o Outro; Cinismo e falência da crítica; Lacan; A paixão do negativo: Lacan e a dialética e Circuito dos afetos. Participou das seguintes coletâneas: Mutações: A condição humana, Mutações: a experiência do pensamento, Mutações: elogio à preguiça, Mutações: o futuro não é mais o que era e Mutações: fontes passionais da violência e Mutações: entre dois mundos. Desenvolve pesquisas voltadas para epistemologia da psicanálise, desdobramentos da tradição dialética hegeliana na filosofia do século 20 e filosofia da música.
Sinopse - As discussões políticas hegemônicas atuais partem do pressuposto de que o campo político só pode ser o espaço de corpos particulares a procura da construção de mecanismos de defesa contra sua vulnerabilidade.
A favor desta estratégia, está o diagnóstico de que as tentativas de criação de um corpo social baseado na universalidade seria, necessariamente, uma operação tributária de perspectivas fortemente normativas e coloniais.
O universalismo sempre teria sido uma estratégia de imposição colonial de formas de vida nas quais estariam embutidos os princípios gerais da vida social da modernidade europeia. Neste sentido, à política não caberia mais lutar por alguma forma de universalidade concreta, mas apenas permitir a constituição de defesas contra violência dirigida à particularidade dos corpos em afirmação de suas identidades e atributos.
No entanto, gostaria de discutir nesta conferência a necessidade e as condições para a construção de uma política que consiga ultrapassar o horizonte colonial sem ter que sacrificar a noção de implicação genérica e de campo comum que a universalidade pressupõe. Neste sentido, trata-se de procurar medir as condições para uma política que não se deixe orientar apenas pela visibilidade dos corpos particulares, mas também pela emergência de um corpo social forte capacidade implicativa.
Ciclo Mutações - O objetivo desse novo ciclo, concebido por Adauto Novaes, é discutir os temas mais urgentes que envolvem as relações entre democracia e política na era das grandes mutações produzidas pela tecnociência.
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