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Categoria 3

The Human Projec


Santa Luzia do Itanhy/SE

Sinopse: Empoderamento da comunidade como protagonista da transformação social e econômica mediante a criação de tecnologias sociais para solucionar problemas de maneira eficaz, escalável e sustentável.

 

 

Saiba mais sobre esta iniciativa

O problema que buscamos resolver é o da transferência intergeracional da pobreza, também conhecido como armadilha da pobreza. Trata-se de um problema multifatorial e retroalimentável, cuja solução também precisa ser multifatorial e retroalimentável (sistêmica), numa perspectiva incremental e de longo prazo e que requer uma mudança de mentalidade das pessoas que vivem aprisionadas nesta armadilha, para que elas se tornem os principais protagonistas da mudança. Neste sentido, nossa iniciativa em Santa Luzia do Itanhy pode ser considerada como única.

O problema é extremamente injusto e perverso porque se consolida num ciclo vicioso, estruturado de tal forma que praticamente condena as pessoas que nascem em determinados municípios e regiões a permanecerem pobres. Santa Luzia do Itanhy é um dos municípios mais pobres do Brasil, com cenário similar a muitos municípios brasileiros, especialmente das regiões norte e nordeste.

O principal diferencial do The Human Project é que colocamos a comunidade como protagonista da transformação social e econômica, mediante tecnologias sociais para enfrentamento dos principais fatores que contribuem para a armadilha da pobreza, sempre buscando ir na raiz dos problemas, e no fato de ter optado por concentrar nossas energias na construção de um modelo, neste pequeno município de Santa Luzia do Itanhy, para sermos capazes de provar que é possível mudar este cenário.

Bastante inovadora, especialmente por colocar a comunidade, as pessoas locais que vivem os problemas, como parte relevante da equipe de pesquisa e desenvolvimento das soluções. Além disso, cada Tecnologia Social gerada é por si só uma inovação voltada a solucionar um problema social local, de maneira eficaz, escalável e sustentável. Outro aspecto inovador é o fato de termos adotado e concentrado todas as nossas energias em um único município, com característica sociais e econômicas que são o padrão do que se considera extrema pobreza, tudo isso para sermos capazes de provar que é possível resolver o problema da armadilha da pobreza, numa escala global, mas numa perspectiva de longo prazo.

O The Human Project foi concebido e tem sido desenvolvido para ser um modelo global de transformação social, que pode ser replicado em qualquer região, do Brasil e do mundo, mas nosso foco principal são os países da América Latina e da África, onde milhões de pessoas vivem o problema da transferência intergeracional da pobreza.

São as pessoas que vivem em municípios similares à Santa Luzia do Itanhy (remotos, pequenos e com baixo IDH), especialmente as crianças e adolescentes, já que o modelo foca na construção de capital humano, a partir da criação de condições adequadas de desenvolvimento pleno para as novas gerações.

O fato de ter uma abordagem sistêmica e incremental, numa visão de longo prazo, essencialmente estruturada na formação de capital humano, na construção de soluções que vão na raiz dos problemas e na construção de uma mentalidade empreendedora junto à comunidade local, que aos poucos vai assumindo o papel de protagonista da mudança.

Não se aplica, visto que o seu objetivo não está vinculado a preço e sim, a valores.

As pessoas das comunidades onde atuamos (usuários) participam ativamente do processo de construção de cada tecnologia social e depois dos processos de escalabilidade (replicação) e de sustentabilidade, financeira e política. Elas são as principais protagonistas das soluções inovadoras criadas, sendo que o IPTI atua como moderador do conhecimento científico e tecnológico externo com o conhecimento local, das pessoas que vivem os problemas a serem superados.

Nosso modelo é estruturado na construção de tecnologias sociais, focando no desenvolvimento pleno de crianças e adolescentes e com prioridade para as áreas de educação básica, saúde e educação empreendedora. Em outras palavras, criar soluções para que toda criança venha ao mundo como fruto de uma gravidez planejada, sem estresse, e que ela encontre um ambiente familiar de parentalidade e paternidade positivas, que depois passe por uma educação infantil de qualidade, desenvolvendo suas habilidades não cognitivas, e por fim tenha uma alfabetização exemplar, especialmente em linguagem e matemática, tudo isso em condições ideais de saúde,

tais como segurança alimentar, saúde visual, mental. Quanto esta criança chegar na pré-adolescência ela encontrará um ambiente favorável ao empreendedorismo, para que ela possa desenvolver suas habilidades criativas e digitais visando oportunidades qualificadas de trabalho e renda, na perspectiva de mercado global.

Não se aplica (não há competição).

Desde 2010, quando iniciamos a construção do The Human Project, temos estabelecido parcerias com diversos atores, públicos e privados, nacionais e internacionais, visando minimizar a dependência de algum parceiro principal. Dentre estes destacamos o Governo de Sergipe e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no setor público, AmBev, Bayer, Fundação Telefônica, Petrobras, XP, Instituto Mahle, entre outras, são exemplos de parceiros privados que estão conosco há algum tempo. Mas estamos sempre abrindo novas frentes de parceria, tanto no Brasil quanto no exterior, uma vez que temos uma representação em Nova Iorque.

O IPTI tem um plano de remuneração bem atraente, especialmente levando em conta o custo de vida em Sergipe, mas o principal ingrediente de motivação da equipe está relacionado à satisfação de saber que estamos ajudando a transformar vidas e que estas pessoas transformadas estão ajudando a transformar muito mais vidas, em Santa Luzia do Itanhy e em outros municípios brasileiros. Ou seja, o que nos motiva é termos um significado humano e precioso em torno do que realizamos.

Desde 2022 temos trabalhado para viabilizar a replicação do The Human Project em outras regiões, na perspectiva de que em 30 anos poderemos ter uma rede de 100 municípios empreendedores, colaborando entre si e ajudando mais e mais municípios a superarem o problema da perpetuação da pobreza, a partir de suas próprias energias e ativos. O que precisamos é encontrar parceiros que compreendam os elementos essenciais do The Human Project (longo prazo, formação de capital humano, protagonismo da comunidade, visão

sistêmica) e que tenham interesse em apoiar a replicação em novos municípios. No caso, estamos especialmente articulando com empresas que têm projetos de longo prazo e em regiões similares à Santa Luzia do Itanhy (remotas, pequenas e com baixo IDH), tais como nas áreas de mineração, petróleo, gás, energia, florestas, entre outras.

Nós consideramos que atualmente temos capital humano suficiente para apoiar a replicação do The Human Project em 2 novos municípios, com características similares às de Santa Luzia do Itanhy. Nossa estimativa é de que estas novas iniciativas possam chegar num grau de maturidade num período de 5 anos, quando elas terão capital humano para também atuarem como reaplicadoras do The Human Project, e assim por diante. Ou seja, podemos crescer em progressão geométrica, mas sempre considerando que escala só pode ser realizada a partir do momento em que temos capital humano formado em condições de assumir as atividades de replicação. Em outras palavras, não podemos confundir urgência com pressa.

O principal gargalo ainda é a mentalidade de curto prazo e assistencialista que empresas e investidores têm quando se trata de investimento social, o que ainda torna difícil optar pela adoção do The Human Project como modelo de transformação social para a região de interesse.

Concluir a primeira fase da Tecnologia Social CRIA (maternidade e primeira infância), com o primeiro espaço CRIA funcionando plenamente, e ter iniciado a replicação do The Human Project em 2 novos municípios.

Contato
rodrigo.maio@ipti.org.br
(79) 99675-5488